domingo, 21 de outubro de 2012

Confidade



Sempre que pensamos estar a confiar na pessoa certa, uma facada! Sempre que pensamos “ele/ela, sim vale a pena”, uma desilusão! Sempre que achamos que encontramos a pessoa certa, descobrimos que na verdade encontramos a pessoa mais errada que possa existir, e que, a todo o custo, nos temos que afastar, para mantermos a nossa saúde mental intocável. E volta tudo ao início, voltamos a acreditar no que as pessoas nos dizem, “Eu seria incapaz de fazer tal coisa”, voltamos a confiar o nosso coração e os nossos segredos a outra pessoa. E o que acontece? Volta a acontecer tudo de novo, uma facada, uma desilusão, uma mentira, uma discussão, a inveja, a traição, e tudo se acaba novamente.

Será tão difícil para as pessoas perceberem que somos todos UM e que não temos que fingir ser o que não somos, não devemos mentir sobre quem somos e sobre o que queremos. Não gostas de mim? Tens todo o direito! Mas não tens o direito de jogar ao “faz de conta”, não tens o direito de me mentir consecutivamente, dia após dia, conversa após conversa, mensagem após mensagem, de me trair a cada mentira, de me fazer de burra, te aproveitares de mim e da ajuda que ofereço. Ninguém tem esse direito, porque se não gostas de mim, também não precisas de mim! Não queres, deixas na beira do prato! Tão simples assim.

Podemos comparar as pessoas a fruta (sem querer ofender a fruta). Alguma fruta parece estar perfeita para a comermos, mas quando vamos a ver o seu interior vemos que afinal está podre e não presta. Acontece o mesmo com as pessoas. Conseguem enganar-nos tão bem, mas tão bem, que acho que muito boa gente que anda por aí merecia um prémio, de tão bom ator/atriz que é.

E isto leva-nos a pensar: “Porquê continuamos a confiar nas pessoas? Depois de tudo o que me fizeram”. Mas a verdade é que uns não têm que pagar o preço dos erros dos outros. Não podemos generalizar, por muito que isso pareça o correto e o mais verdadeiro. Temos que arriscar mesmo que o que nos apeteça é deixar de confiar nos desconhecidos e conservar apenas os velhos amigos. Os velhos amigos estarão sempre lá para nós, mas também é bom fazermos novos amigos, confiar noutras pessoas é ótimo e grandioso, demonstra uma bondade extrema e uma sabedoria incalculável. Claro que se torna difícil fazê-lo no meio de tanta maldade e falsidade, mas temos que aprender a separar as águas e escolher quem é verdadeiro.

Já diz o velho ditado “Tantas vezes o cântaro vai à fonte que acaba por partir”. Podemos errar muitas vezes e confiarmos nas pessoas erradas mas vamos acabar por acertar, e conhecer alguém maravilhoso e que nos alegrar o dia com apenas a sua presença.

Esse dia chegará, não te preocupes! E quando ele chegar tu irás triunfar e te lembrarás que aqueles que te mentiram, traíram e humilharam tornaram-te mais forte e não destruíram a tua verdadeira essência nem fizeram com que perdesses o teu dom: a capacidade de confiar nos outros e de acreditar neles. 



Dedicada ao meu amendoim :p 

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