Sempre que pensamos estar a confiar na pessoa certa, uma
facada! Sempre que pensamos “ele/ela, sim vale a pena”, uma desilusão! Sempre
que achamos que encontramos a pessoa certa, descobrimos que na verdade
encontramos a pessoa mais errada que possa existir, e que, a todo o custo, nos
temos que afastar, para mantermos a nossa saúde mental intocável. E volta tudo
ao início, voltamos a acreditar no que as pessoas nos dizem, “Eu seria incapaz
de fazer tal coisa”, voltamos a confiar o nosso coração e os nossos segredos a
outra pessoa. E o que acontece? Volta a acontecer tudo de novo, uma facada, uma
desilusão, uma mentira, uma discussão, a inveja, a traição, e tudo se acaba
novamente.
Será tão difícil para as pessoas perceberem que somos todos
UM e que não temos que fingir ser o que não somos, não devemos mentir sobre
quem somos e sobre o que queremos. Não gostas de mim? Tens todo o direito! Mas
não tens o direito de jogar ao “faz de conta”, não tens o direito de me mentir
consecutivamente, dia após dia, conversa após conversa, mensagem após mensagem,
de me trair a cada mentira, de me fazer de burra, te aproveitares de mim e da
ajuda que ofereço. Ninguém tem esse direito, porque se não gostas de mim,
também não precisas de mim! Não queres, deixas na beira do prato! Tão simples
assim.
Podemos comparar as pessoas a fruta (sem querer ofender a
fruta). Alguma fruta parece estar perfeita para a comermos, mas quando vamos a
ver o seu interior vemos que afinal está podre e não presta. Acontece o mesmo
com as pessoas. Conseguem enganar-nos tão bem, mas tão bem, que acho que muito
boa gente que anda por aí merecia um prémio, de tão bom ator/atriz que é.
E isto leva-nos a pensar: “Porquê continuamos a confiar nas
pessoas? Depois de tudo o que me fizeram”. Mas a verdade é que uns não têm que
pagar o preço dos erros dos outros. Não podemos generalizar, por muito que isso
pareça o correto e o mais verdadeiro. Temos que arriscar mesmo que o que nos
apeteça é deixar de confiar nos desconhecidos e conservar apenas os velhos
amigos. Os velhos amigos estarão sempre lá para nós, mas também é bom fazermos
novos amigos, confiar noutras pessoas é ótimo e grandioso, demonstra uma bondade
extrema e uma sabedoria incalculável. Claro que se torna difícil fazê-lo no
meio de tanta maldade e falsidade, mas temos que aprender a separar as águas e
escolher quem é verdadeiro.
Já diz o velho ditado “Tantas vezes o cântaro vai à fonte
que acaba por partir”. Podemos errar muitas vezes e confiarmos nas pessoas
erradas mas vamos acabar por acertar, e conhecer alguém maravilhoso e que nos
alegrar o dia com apenas a sua presença.
Esse dia chegará, não te preocupes! E quando ele chegar tu
irás triunfar e te lembrarás que aqueles que te mentiram, traíram e humilharam
tornaram-te mais forte e não destruíram a tua verdadeira essência nem fizeram
com que perdesses o teu dom: a capacidade de confiar nos outros e de acreditar
neles.


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