Odeio amar-te. Odeio querer estar contigo. Odeio lembrar-me
dos nossos momentos. Odeio lembrar-me das tuas palavras. Odeio lembrar-me das
tuas carícias. Odeio-te amando-te. E odeio-me por tudo isto!
O dia em que nos conhecemos ainda está bem claro na minha
mente. Nunca pensei que esse dia mudaria a minha vida. E tão pouco me apercebi
disso no momento. Pensava que nunca conseguiria aproximar-me de ti, pois uma
pessoa como tu não iria olhar para mim duas vezes. Mas olhaste. Olhaste e tudo
mudou. Talvez se eu estivesse certa, estaria em um outro lugar, com um outro
sentimento, com uma outra vida e com uma outra pessoa. Mas os "ses" nunca fizeram
nem escreveram uma história. As histórias são escritas com certezas, mesmo que
sejam vagas, com sentimentos, mesmo que sejam errados e com coração, mesmo que
ele já não seja teu. Um dia olharei para trás e rir-me-ei destes momentos. Mas
será que o faremos juntos?
A minha capacidade de te perdoar é infindável, e isso
assusta-me profundamente. Porque terei tanta dificuldade em perdoar os outros
e, quando se trata de ti tudo muda? Será essa coisa a que chamam de amor? Que
nos rouba o coração, que nos deixa indefesos, que nos transforma, que nos magoa
e que, sobretudo, nos deixa lembranças de um tempo feliz. Será?
A confiança que ao longo do tempo foste conquistando,
desmoronou-se. A relação foi abalada. E o amor? Esse está triste. Triste por te
amar, triste por te querer, triste por o magoares, triste por o fazeres sofrer.
E eu? Simplesmente sigo esse amor e com ele morrerei ou tentarei sobreviver
nessa selva que é o amor.


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