Qualquer caminho que tome leva-me sempre ao mesmo sítio. A
um ligar sombrio. Mas é bonito. Nele está você. Todo sorridente e feliz. Eu
gostava de ser assim, um dia. Não é que sorrir seja sinónimo de felicidade, mas
você parece tão feliz. E tão diferente.
Sabe quando você acha que conhece alguém, e essa pessoa age
de um jeito que você não estava à espera? Exato, foi isso que aconteceu. Você
agiu da pior maneira que poderia agir. Fez a pior coisa que poderia ter feito.
Você foi embora sem um adeus, um boa sorte, um sê feliz, um adoro-te. Nada! É
isso que eu tenho. Nada.
E eu volto várias vezes a esse lugar. Onde te perdi, sem um
adeus, sem um olhar para trás. Você foi sempre em frente, como se eu não
estivesse ali. Como se eu não existisse ou não fizesse falta. Claro. Porque eu
haveria de fazer falta? E logo eu, que nunca fui importante para alguém. Porque
seria para você? Pois, houve um tempo em que eu pensei que era, mas abri os
olhos e vi o que não queria ver, mas fui obrigada a fazê-lo. Se custou? Ainda custa.
Todos os dias. Uns mais do que outros. Se penso em você? Sim. Todos os dias,
ou, se por milagre, houver um dia em que não pense, volta tudo a dobrar no dia
seguinte.
É inevitável, volto sempre para o mesmo lugar. O lugar da
partida!

Sem comentários:
Enviar um comentário