Tenho uma sensação
estranha de impotência, uma sensação da qual não me consigo livrar. Impotência
porque não consigo colocar em papel o que sinto realmente. Será confusão? Será
culpa? Será a esperança que se está a esgotar? Será que posso ir comprar um
pouco de esperança? Será que vendem? Será que algo do que eu digo faz sentido?
Talvez.
Dentro da minha cabeça parece aqueles dias chuvosos e de nevoeiro, dias
de inverno. Não se consegue ver nada com clareza! Nada é exacto! Nada é
preciso! Tudo se apaga, se vai, desaparece! E o que fazer nestas alturas? Uma
limpeza? Uma arrumação? Ou uma mudança drástica? Ou simplesmente nada!
Estou
numa sala com várias portas, qual escolher? Parecem todas iguais, mas ao mesmo
tempo são todas tão diferentes! Mas ao fundo consigo ver uma luz, débil, mas é
uma luz. Sigo essa luz e encontro outra porta. Por onde quer que uma pessoa decida
ir, há sempre obstáculos, e portas que têm que ser abertas, pois sem isso não
conseguimos continuar o trilho da vida.
A vida é feita de escolhas e de luta
constante. Temos que lutar pela liberdade, pelo amor dos outros, pelo emprego,
pelo céu, pela paz, pela amizade, pelo belo, pelo perfeito, pela vida! Só os
fortes sobrevivem nesta selva imprecisa que é o mundo onde vivemos e revivemos.



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