terça-feira, 3 de julho de 2012

Baú da Angústia

 



"Angústia? Medo? Terror? NÃO. Nada dessas palavras insignificantes chegam. Parece que tudo dentro de mim se foi, voou. E foram para onde? Para o sítio mais profundo do nosso ser – o baú da angústia. Perda? Está perto! Amor? Muito! Amizade? Imensa! Saudade? Incontável! Desespero? Profundo! Conformada? Nunca! Esquecimento? Jamais! Arrependimento? Sempre!
   Pois é, já ouviram falar do eco da vida? Eu já. Li um livro com esse título e, uma coisa aprendi: tudo o que gritamos aos outros, volta para nós, seja uma coisa boa ou uma coisa má. O que irei gritar? Amor? Não. Amizade? Só da pessoa certa! Vida? Porque não? Presença? A dela!
   Chegamos a um momento que acordamos realmente para a vida! E normalmente é por causa de uma coisa menos boa. Bolas! Desta vez vieram bater à minha porta! Mas quem era? A morte? Quase. A vida? Não pareceu! Não lhe consegui ver o rosto. Mas tenho um palpite. E se fosse, a morte mascarada de vida? Em cheio. É assim que me sinto: viva mas a morrer aos poucos. Porque me estão a arrancar, aos poucos, partes fundamentais à minha existência?
   Bom, escrevo-te esta carta, e espero que um dia a possas ler, para desabafar. Para te provar que mesmo não te tendo para as nossas pequenas reuniões, eu continuo a desabafar contigo. Beijos deste ser humano que não consegue viver sem ti!"

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